Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Social do DF (Sedes) informou que ela chegou a ser levada ao hospital da região, mas não resistiu
Uma mulher de 44 anos, identificada como Janaína Nunes Araújo, morreu na madrugada desta quarta-feira (17/8), enquanto aguardava atendimento na fila do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do Paranoá.
Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Social do DF (Sedes-DF) informou que ela chegou a ser levada ao hospital da região, mas não resistiu.
“Diante do lastimável ocorrido, esta secretaria manifesta solidariedade aos familiares e amigos, e informa que está prestando toda a assistência necessária”, disse.
Conforme nota da pasta, às 4h18 há registro de um chamado telefônico realizado ao SAMU. Mas aos 41 segundos de atendimento, a ligação foi interrompida pelo solicitante. Registra-se que o médico regulador sequer teve oportunidade de ser informado do quadro da paciente.
Janaína passou mal por volta das 20h, segundo testemunhas, mas não procurou atendimento médico. Às 4h26, ela deu entrada no Hospital Regional do Paranoá, segundo a Sedes, já com “cianose de face (rosto roxo), corpo rígido e pupilas médio fixas”. Os profissionais de saúde ainda tentaram técnicas de ressuscitação, mas sem sucesso.
Filas
O horário parece cedo demais para está em uma fila, mas como ultimamente tem se registrado longas filas nos Cras-DF, a população está “madrugando” para conseguir atendimento nos órgãos.
O caso de longas filas nos Cras-DF não é de hoje. Em junho de 2022, cerca de 300 servidores da assistência social fizeram uma paralização. A categoria reivindicava o aumento da capacidade de atendimento da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).
No inicio deste mês, um grupo de criminosos estava sendo investigado por vender vagas na fila do Cras-DF. O valor ofertado era de R$ 100. Os criminosos ofereciam as vagas em perfis nas redes sociais e em fóruns específicos na internet.
Fonte: Marcus Rodrigues, Metrópoles