A Redação
O soldado exercerá atividades administrativas e contará com apoio psicológico, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) decidiu afastar das ruas o soldado Carlos Roberto de Carvalho Neto, 26 anos. O militar causou o acidente de trânsito que matou Lucas Cavalcante Andrade, 10. O PM exercerá atividades administrativas e contará com apoio psicológico, segundo a corporação. Um procedimento interno também será instaurado para apurar a conduta do praça.
O acidente aconteceu na madrugada desta terça-feira (16/8) na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). A criança não resistiu após o veículo conduzido por Carlos Roberto, um Hyundai i30 preto, colidir com o carro dos pais do garoto.
O policial estava de folga e existe a suspeita de que ele tenha ingerido bebida alcóolica com os amigos horas antes. Além de postar fotos em um bar com amigos horas antes do acidente, havia uma garrafa de cerveja dentro do carro dele. O soldado negou-se a fazer o teste do bafômetro no local do acidente.
Os pais de Lucas têm outro filho, de 14 anos, mas o adolescente não estava envolvido no acidente. O sepultamento da criança está previsto para hoje (17) à tarde.
Com o impacto da colisão, o automóvel das vítimas, um Fiat Uno branco, conduzido pela mãe, de 40 anos, acabou capotando. Também estava no veículo o pai da criança, 41, que teve uma crise nervosa e precisou ser levado para o Hospital de Base. A condutora apresentou dor no quadril e na perna esquerda, e também foi encaminhada para a mesma unidade de saúde, ambos receberam alta.
PM é liberado após causar acidente
O policial militar foi liberado após prestar depoimento na 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas). Em depoimento, o PM informou que estava em Samambaia, na casa de um amigo, e seguia pela BR-060 com destino à sua residência, no Cruzeiro. Detalhou que, quando passou perto de uma obra, próximo à passarela do Riacho Fundo 1, um veículo de cor vermelha o fechou.
O policial acrescentou que tentou frear, mas bateu no carro que estava à frente, o Fiat Uno branco da família de Lucas. A criança seguia no Uno, deu entrada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) com traumatismo cranioencefálico grave e hemorragia intensa, mas não resistiu aos ferimentos.
O PM afirmou que tentou socorrer as vítimas. A Polícia Militar foi acionada, mas Carlos Roberto se recusou a fazer o teste do bafômetro e foi conduzido à delegacia.
Horas após o acidente, o militar chegou a fazer exame de constatação de embriaguez no Instituto Médico Legal (IML), mas laudo preliminar do corpo de delito deu negativo para a ingestão de álcool. Dessa forma, o policial militar não foi autuado em flagrante.
