Inicialmente, apenas crianças de 4 anos e com doenças imunossupressoras pode procurar os pontos de vacinação para tomarem a dose da vacina
Após a divulgação da nota técnica com a orientação para a vacinação de crianças de 3 e 4 anos, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal anunciou o início da imunização do grupo para esta quarta-feira (20).
Inicialmente, apenas crianças de 4 anos e com doenças imunossupressoras pode procurar os pontos de vacinação para tomarem a dose da vacina Coronavac, a única recomendada para esse grupo.
Seguindo as orientações do Ministério da Saúde, a pasta afirma que irá separar as doses estocadas, garantindo a primeira e a segunda dose para atender o grupo.
O número de imunizantes nos estoques da capital não é suficiente. Segundo a pasta, existem 6,5 mil doses disponíveis, enquanto existem mais de 77 mil crianças aptas a serem vacinadas.
Conforme o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO) contra a covid-19 do Ministério da Saúde, 13ª edição, entende-se por pessoas com alto grau de imunossupressão (imunocomprometidos):
- Imunodeficiência primária grave (erros inatos da imunidade);
- Quimioterapia para câncer;
- Transplantados de órgãos sólidos ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras;
- Pessoas vivendo com HIV/AIDS;
- Uso de corticóides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, ≥14 dias;
- Uso de drogas modificadoras da resposta imune;
- Doenças auto inflamatórias, doenças intestinais inflamatórias;
- Pacientes em hemodiálise;
- Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.
Ministério da Saúde
Segundo o Ministério da Saúde, pelos estoques não terem a quantidade necessária para vacinar todo o grupo, a imunização das crianças deve ser realizada por meio de grupos prioritários.
Sendo assim, a vacinação deve começar por aqueles que tem doenças imunossupressoras, seguindo para crianças com 4 anos e depois para as de 3. O intervalo entre a primeira e a segunda dose da Coronavac deve ser de 28 dias.
Ainda assim, a pasta recomenda que, para o público a partir dos 5 anos, deve ser aplicada a vacina da Pfizer, já aprovada para a faixa-etária de 5 a 11 anos.
De acordo com os estudos analisados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após duas doses da Coronavac, crianças e adolescentes de 3 a 17 anos desenvolvem 100% de proteção contra o coronavírus.
O Ministério da Saúde segue em tratativas com o Instituto Butantan, fabricante da Coronavac no Brasil, e com o Consórcio Covax, para aquisição de novas doses.
Outras cidades
No último domingo (17), dois dias após o Ministério da Saúde recomendar o uso, sete capitais brasileiras já divulgaram o início da vacinação.
Para isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisou dar o aval para o uso, que aconteceu na última quinta-feira (14). Até então, apenas crianças a partir de 6 anos podiam receber o imunizante.
Além dos sete que iniciaram no domingo, a única capital que começou na própria sexta-feita (15) foi o Rio de Janeiro.