PCDF: A descoberta dos corpos de Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, e Tauane Rebeca da Silva, 14, colocou a polícia diante de um mistério. Com o fim das buscas, agora os investigadores querem saber quem matou as duas, como e por quê.
Os cadáveres foram encontrados nessa segunda-feira (20/12) em um matagal do Sol Nascente. Elas estavam desaparecidas desde o dia 9 de dezembro. Os agentes trabalham com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte).
A principal evidência é que a mochila com os pertences que as duas levavam para o córrego não foi encontrada. As autoridades ainda não determinaram a causa da morte, já que os corpos serão periciados nesta terça-feira (21/12).
O Instituto Médico Legal (IML) vai analisar se há vestígios de DNA nas unhas ou roupas que possam levar à identificação do autor do crime bárbaro. Por enquanto, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) descarta crime sexual, uma vez que as duas estavam vestidas.
“Os corpos delas estavam parcialmente enterrados e cobertos de mato, trabalho que só pode ser feito por um humano. O IML vai nos ajudar a esclarecer a causa da morte: se foi tiro, punhal ou esganadura”, ponderou Vander Braga, delegado adjunto da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul) e responsável pelo caso.
Outra evidência importante para os policiais é uma camiseta cinza que foi encontrada perto de onde os corpos estavam e que não pertence a nenhuma das vítimas. O objeto foi enviado para o Instituto de Criminalística da PCDF.
Veja imagens do local onde os corpos foram localizados:
Hipóteses descartadas pela PCDF
Desde que Shirlene e Tauane desapareceram, a principal linha de investigação dos agentes da polícia é que as duas tivessem sido levadas por uma tromba d’água, já que estariam passeando perto de um córrego. Após alguns dias de investigação, esta hipótese foi descartada.
Em seguida, a PCDF começou a trabalhar com a possibilidade da fuga das duas mulheres. A partir daí, os policiais passaram a buscar imagens de câmeras de segurança que mostrassem Shirlene e Tauane pegando um ônibus ou andando na região no dia do desaparecimento.
No sábado (18/12), os investigadores conseguiram, pela primeira vez, ouvir uma testemunha que disse ter visto as duas descendo para o córrego. “Coletando imagens de segurança nos arredores, encontramos pela primeira vez uma testemunha ocular que a viu descendo para o córrego. A testemunha foi bastante incisiva e clara: ela viu as duas descendo por volta das 16 horas, o que batia com nossas informações”, contou Vander Braga.