A Redação
O preço da gasolina chega a quase R$ 6 em postos de combustíveis do Distrito Federal. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicombustíveis), a alta se deve ao preço do etanol anidro (entenda mais abaixo).
A substância, segundo o presidente do Sindicombustíveis, Paulo Tavares, compõe 27% da gasolina. “Se o preço do etanol sobe, o do combustível também acompanha”, explicou.
Em um posto da 214 Norte, nesta quinta-feira (20), o litro da gasolina era vendido a R$ 5,99 para quem fizer pagamento no cartão de crédito e R$ 5,97, no débito. No Setor de Oficinas Norte (SOF Norte), a situação era parecida. O litro da gasolina comum chegava a R$ 5,95. Quem abastece com a aditivada, pagava R$ 5,99.
O preço médio do combustível no DF, segundo o Conselho Naconal de Política Fazendária, é de R$ 5,74. O valor consta na pesquisa Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), de 10 de maio.
Safra da cana-de-açúcar
Ainda de acordo com Tavares, o preço do etanol sofreu aumento devido à safra da cana-de-açúcar na região Sul e Sudeste do país, que será colhida mais tarde este ano, devido à estiagem. A planta é usada para produzir etanol.
“A colheita deveria começar no fim de maio, mas ocorrerá apenas em junho ou no início de julho”, afirmou.
Na tentativa de reduzir o custo da gasolina, a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) pediu ao governo federal que a mistura obrigatória de etanol à gasolina no Brasil seja reduzida de 27% para 18%.
Segundo a entidade, há dificuldade nas usinas para a aquisição de etanol anidro suficiente para a mistura obrigatória. Ainda segundo a federação, a falta do produto causa atraso nas entregas da gasolina aos postos.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia disse que “acompanha o mercado de etanol na mesa de abastecimento”, e que “não foi identificada necessidade de reduzir o teor de etanol anidro na gasolina C”.
Ainda segundo o sindicalista, aumentos nas bombas de combustíveis devem continuar nos próximos meses. Segundo Tavares, há expectativa de que, em junho, ocorra reajuste do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que pode provocar alteração no preço do combustível.
Fonte: G1 DF
