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DF: 21 mil na fila por cirurgias, sendo 3 mil delas graves

23 de fevereiro, 2022
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Secretaria disse que espera zerar número de pacientes à espera de cirurgias até fim do ano. Foto: Jacqueline Lisboa/ Metrópoles
Secretaria disse que espera zerar número de pacientes à espera de cirurgias até fim do ano. Foto: Jacqueline Lisboa/ Metrópoles

Cerca de 21 mil pessoas estão nos bancos de dados da Secretaria de Saúde à espera de uma cirurgia eletiva em unidades públicas do Distrito Federal. O quantitativo consta no Sistema Nacional de Regulação (Sisreg III), ferramenta do governo distrital para organizar a fila de solicitações de exames, consultas e procedimentos.

O número chamou a atenção do Sindicato dos Funcionários em Estabelecimentos de Saúde (SindSaúde-DF), que solicitou auxílio ao Governo do Distrito Federal (GDF) no sentido de reduzir a fila.

Para se ter ideia, atualmente, de acordo com o sistema da Secretaria de Saúde, 5.716 pessoas aguardam procedimentos da área de otorrinolaringologia, especialidade que trata da garganta e das vias nasais e auditivas.

Cirurgias diversas

Problemas na visão resultam na segunda categoria médica mais procurada, com 4.297 pedidos, totalizando 21% do total da espera. Já a urologia, especialidade que trata dos problemas nos rins, bexiga, uretra, próstata, testículos e pênis, é a terceira colocada na procura por cirurgia, com 3.227 solicitações no sistema.

“Cabe ressaltar que a problemática da fila de espera por cirurgias eletivas no DF há vários anos e governos importuna os gestores locais da saúde e a população. Contudo, a pandemia do coronavírus agravou essa situação em virtude da imperiosidade de restringir as cirurgias eletivas por determinado período para concentrar esforços na assistência aos pacientes infectados pelo vírus”,

registrou o SindSaúde, em documento encaminhado ao governador Ibaneis Rocha (MDB).

Procurada pelo Metrópoles, a presidente da entidade, Marli Rodrigues, afirmou que o tema alertou a instituição que representa os servidores da pasta. “Na minha opinião, o secretário de saúde precisa ser mais sensível e também ter uma agilidade muito maior no que diz respeito a zerar as filas de cirurgia. Isso precisa ser resolvido, e rapidamente, porque o povo precisa dessa resposta”, assinalou.

O que diz a Secretaria de Saúde?

Procurada, a Secretaria de Saúde informou que trabalha a fim de regular todos os procedimentos cirúrgicos eletivos durante este ano. Segundo a pasta, as últimas especialidades incluídas no sistema foram cirurgias geral, plástica e ortopédica.

“Cada solicitação é avaliada por um grupo de médicos, que classifica os níveis de prioridade dos pacientes, de acordo com as notas técnicas das especialidades. Todos os meses, a equipe assistencial dos hospitais da rede pública do DF informa ao complexo regulador quantas cirurgias de cada especialidade fará ao longo do mês”, pontuou.

De acordo com essa programação, segundo a pasta, o paciente mais antigo da prioridade mais urgente é autorizado primeiro e, assim, sucessivamente. “Ao fim do mês, cada hospital comunica, também, quais cirurgias foram ou não realizadas. Caso algum procedimento tenha sido suspenso, a equipe informa o motivo e reinsere a solicitação do paciente que não foi atendido.”

Ainda conforme o órgão local, esse paciente torna-se o primeiro da lista em sua classificação para o mês seguinte, visto que seu procedimento já havia sido autorizado no mês anterior. “Esse sistema organiza apenas as cirurgias eletivas. Os procedimentos de urgência e emergência não entram na regulação”, frisou.

De acordo com a Secretaria de Saúde, o acúmulo da demanda deve-se, principalmente, aos períodos de restrição por causa da pandemia de Covid-19. “Com o avanço da vacinação e da testagem, e a consequente diminuição dos casos graves da doença, que exigiam leitos de internação e UTI, a rede pública de saúde está se reorganizando para atender a demanda reprimida.”

A pasta disse ter organizado o “Plano de Retomada de Cirurgias Eletivas” e que os procedimentos foram totalmente retomados a partir de julho de 2021.

“O plano também contempla ações para possibilitar a abertura de 100% das salas de cirurgia, como reparos em equipamentos e complemento às equipes. Prevê, ainda, a contratação de mais profissionais, em concurso já autorizado pelo GDF.”

Fonte: Caio Barbieri, Metrópoles

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