Greve: o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10° Região (TRT-10), desembargador Brasilino Santos Ramos, negou, nesta quinta-feira (22/4), mais um aumento dos percentuais mínimos de circulação dos trens durante a greve dos metroviários. Essa foi a segunda vez que a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) entrou com pedido de revisão dos números.
O magistrado manteve a decisão que tomou no dia 16 de abril, quando determinou que os funcionários devem garantir o funcionamento e a circulação de 60% dos trens, em horário de pico, e 40% dos veículos, no restante do dia.
A greve da categoria começou na segunda-feira (19/4), após decisão tomada em assembleia que começou na noite de domingo (18/4). Os metroviários decidiram não aceitar a proposta do Metrô-DF e paralisaram os trabalhos, principalmente motivados pelo corte do auxílio-alimentação no início de abril.
Segundo a diretora de administração do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô), Renata Campos, o benefício era de R$1,2 mil. Mas a empresa, segundo a diretora, não quis negociar nem perante o TRT. Renata também disse que a empresa quer cortar o plano de saúde e a Previdência dos funcionários, benefícios que foram obtidos com o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
A categoria também disse que acionará o TRT para tentar reduzir o percentual de funcionamento obrigatório de 60% nos horários de pico para 30% do quadro funcional. Já o Metrô-DF afirmou que realizaram nove reuniões de negociações e duas audiências de conciliação, mas não houve acordo.
Recorrer ao TST
O chefe do Executivo local, Ibaneis Rocha (MDB), disse na quarta-feira (22/4), que pretende recorrer da greve de metroviários no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para o fim da greve. “A greve dos metroviários é totalmente política, pois veio contra a concessão que está sendo analisada pelo Tribunal de Contas. E contra greve política não tem jeito, temos que resolver isso na justiça”, afirmou.