O Partido Socialismo e Liberdade (PSol) tem dois nomes como pré-candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF) nas eleições de outubro deste ano. Os postulantes representam vertentes internas diferentes da sigla.
O mais recente anúncio foi da assistente social Keka Bagno, a qual concorreu ao cargo de vice-governadora na chapa de 2018 encabeçada pela professora universitária Fátima Sousa, também pelo PSol. O sociólogo Raphael Sebba também está na disputa.
Keka é conselheira tutelar em segundo mandato e tem o apoio do deputado distrital Fábio Felix, primeiro candidato do partido a conquistar uma vaga na Câmara Legislativa (CLDF).
No caso de Sebba, o qual teve o a pré-candidatura lançada em novembro do ano passado, tem a preferência da ex-deputada federal Maria José Maninha.
Bandeiras sociais
A jovem afirma “atender a um chamado de mulheres, negras, povos de terreiro, LGBTI+ e das profissionais e usuárias das políticas de assistência social para trazer esses segmentos da população, as maiorias sociais, ao centro do debate político”.
Sebba acrescenta que pretende mirar nos problemas estruturais do DF e Entorno, como mobilidade urbana, falta de moradia, saúde precária e desigualdade social.
“Meu nome foi apresentado por pessoas envolvidas na luta há anos no DF e há seis meses construindo uma pré-candidtura que enfrente com coragem e responsabilidade as questões mais urgentes da população. O campo progressista se desconectou do sentimento popular e, por isso, tem se mostrado incapaz de enfrentar Ibaneis e o bolsonarismo de forma efetiva nas urnas. É preciso apresentar ao DF uma alternativa de esquerda que encante, mobilize e enfrente os debates que precisam ser enfrentados”, afirmou.
Perfis dos possíveis candidatos pelo PSol
Keka Bagno é sacerdotisa de umbanda, militante feminista, do movimento negro e também uma das lideranças da campanha Despejo Zero. Em 2019, ganhou prêmio da CLDF pela destacada atuação na área da infância e da juventude.
O sociólogo Raphael Sebba é formado pela Universidade de Brasília, faz mestrado em arquitetura e urbanismo e tem extensão universitária em Etnografia em Mídias Sociais pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD).
É ativista, mobilizador de campanhas com causas sociais e foi candidato a deputado distrital nas eleições de 2018, quando obteve pouco mais de quatro mil votos.
“Em breve, o partido decidirá de maneira democrática quem pode apresentar nosso programa de maneira mais competitiva e colocar as pautas do povo no centro do debate público”, afirmou.Procurado pelo Metrópoles, o presidente do diretório regional do PSol, o advogado Marivaldo Pereira, afirmou que a tendência do partido é buscar um entendimento sobre quem representará melhor a sigla nas próximas eleições.
“Como presidente do partido, os dois companheiros são fantásticos e é um privilégio muito grande militar ao lado deles e de ter a possibilidade de tê-los como candidatos ao governo do DF. O partido agora vai se reunir para estabelecer um procedimento para a escolha do melhor nome que vai nos representar em outubro de 2022”
Fonte: Caio Barbieri, Metrópoles