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PCDF intima homem que espancou garoto e espera concluir caso até sexta, 29

26 de abril, 2022
4 minuto(s) de leitura
O espancador se comprometeu a dar a sua versão dos fatos na 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante). Foto: Reprodução
O espancador se comprometeu a dar a sua versão dos fatos na 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante). Foto: Reprodução

Por meio de seus advogados, o homem filmado espancando um adolescente de 14 anos, Victor de Sales Batista, 27 anos, se comprometeu a assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência e a se apresentar à 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante). O caso aconteceu na Vila Nova Divineia, no Núcleo Bandeirante, no último sábado (23/4) e foi revelado pelo Metrópoles.

Apesar de não ter sido mais visto na casa onde mora, o suspeito não é considerado foragido, uma vez que o crime de espancamento é de menor potencial ofensivo e não resulta em prisão preventiva.

A coluna apurou que a linha da defesa seguirá no sentido de que o espancador não estava consciente de suas ações no momento do fato. O caso será relatado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) até sexta-feira (29/4). O fato é investigado, inicialmente, como lesão corporal e injúria. Os policiais aguardam, ainda, o laudo de corpo de delito elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML).

Veja imagens do espancamento:

O caso ganhou repercussão nacional pela brutalidade das imagens. Nas cenas, gravadas por outro adolescente que estava no local, Victor chega à quadra de esportes da região, pula o alambrado e surpreende o garoto.

“Ele me bateu sem parar. Eu só fiquei tentando me defender e protegi a minha cabeça, que era o mais importante”, acrescentou. Com o garoto no chão, teria dito: “Na próxima vez, vou é te matar”.

O episódio gerou revolta nos moradores da região. Assim que ficaram sabendo do ocorrido, vizinhos cercaram a casa do suspeito, ainda na tarde de sábado (23/4). O grupo tinha a intenção de questionar pessoalmente os ataques brutais ao garoto.

O momento em que moradores vão até a casa de Victor foi filmado. Nas imagens, é possível ver o grupo de homens em frente à residência do agressor, questionando os familiares sobre o paradeiro dele. Acuados, o pai e a irmã de Victor ficaram o tempo todo na parte de dentro do imóvel, protegidos por grades. Eles disseram que o rapaz não estava e que o caso já era investigado pela polícia.

Alberto Ferreira de Paula Carvalho, 52, presidente da Associação de Moradores da Vila Nova Divinéia, acompanha o caso e também pede justiça. “Nada justifica um homem fazer uma covardia dessas com uma criança, independentemente do que tenha acontecido. É inadmissível”, disse. Alberto conta que mora no local há mais de 30 anos e que nunca presenciou nada igual. “Foi uma surpresa para a gente. Como uma coisa dessas acontece na nossa porta? A gente espera que a Vara da Infância aja neste caso. Não pode ficar impune”, frisou.

Veja o vídeo do grupo em frente à casa de Victor:

https://www.youtube.com/watch?v=iUXAajSMuqw

Medo

Por telefone, a mãe do adolescente, Francisca Ferreira do Nascimento, 45, falou novamente com a reportagem sobre o espancamento. Abalada, a mulher disse apenas que a família ainda não teve novas informações sobre as investigações e notícias do agressor. Francisca também mencionou que ouviu outros vizinhos comentando que a família de Victor deve se mudar do endereço nos próximos dias.

“Eu quero justiça. Se ele fez isso com o meu filho, ele pode fazer com outras crianças. Porque ele é um covarde”,

pontuou.

Conhecida por Vera, a mãe do garoto conta que estava em casa na tarde de sábado (23/4), quando ouviu o agressor xingando o adolescente. “Meu menino estava brincando com dois colegas, e ele estava ameaçando o meu menino. Disse que ia matar ele. Pedi para o meu filho entrar para dentro de casa, mas ele saiu para brincar na quadra”, disse a mulher.

Depois de algum tempo, outro adolescente foi até a casa do amigo agredido e contou para Vera o que havia acontecido. “Eu fiquei muito abalada. Nunca imaginei que isso fosse acontecer com o meu filho. Moramos nesse endereço há dois anos, e todo mundo nos conhece aqui. Levei ele na delegacia, e registramos o boletim”, disse.

Vera também comentou que após o desentendimento, ela entrou em contato com o pai de Victor. “Ele me pediu desculpas e disse que o filho não estava mais em casa. Acreditamos que ele está escondido, e o pai não quer falar onde o agressor está”, contou a mulher.

Veja como ficou o adolescente após ser espancado:

Ainda segundo a mãe, não é a primeira vez que o agressor e o adolescente se desentendem por causa dos assobios do menor. “Quando meu menino me chama, ele fica incomodado. Fica agressivo. Só que ele nunca me falou nada. Ele deveria ter falado comigo que eu iria conversar com o meu menino”, disse Vera.

Nessa segunda (25/4), o adolescente foi para a escola. “Ele ainda está muito machucado. Com hematomas nas costas, o olho está inchado. Estamos recebendo o apoio de todos os moradores da região e vamos até o fim para cobrar que ele pague por isso. Todos estão revoltados com o espancamento”, concluiu a mãe.

Fonte: Mirelle Pinheiro, Carlos Carone, Metrópoles

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