A prévia da inflação de setembro em Brasília ficou em 1,45%, maior índice para o mês desde o início da série história, em 2000. Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (24).
A taxa na capital foi maior que a média nacional, que ficou em 1,14%. No acumulado do ano, o IPCA-15 de Brasília registra 6,7%, e no acumulado de 12 meses, 9,07%.
Mais uma vez, o setor de transportes foi o principal fator de inflação, com alta de 3,98%. Segundo o IBGE, as passagens aéreas subiram 40,03%. Já a gasolina ficou 7,04% mais cara e o etanol, 7,56%.
Em 2021, o IPCA-15 da gasolina acumula alta de 46,54% e, em 12 meses, a subida é de 49,63%. Segundo o IBGE, os índices de Brasília são os maiores do país.
Entre os nove grupos de produtos pesquisados pelo IBGE, sete apresentaram alta na prévia da inflação de setembro. Atrás dos transportes, aparece o setor de habitação, com alta de 1,45%, puxada principalmente pelo preço da energia elétrica, que ficou 5,14% mais cara. Neste ano, a alta acumulada é de 19,67%.
O grupo de alimentação aparece em terceiro lugar, com aumento de 0,83%. Os destaques estão na alta de preços das frutas (5,71%), como banana-prata (17,37%), laranja-pera (8,60%), mamão (6,68%) e melancia (6,08%).
Inflação
Os únicos grupos que tiveram variação negativa e ficaram mais baratos em setembro, segundo o IBGE, são comunicação e educação, que tiveram deflação de 0,02% e 0,11%, respectivamente. Confira os índices na tabela abaixo:
IPCA-15 de setembro, em Brasília
Grupo de produtos e serviços | Variação em setembro | Variação anual |
Alimentação e bebidas | 0,83% | 5,23% |
Habitação | 1,45% | 7,02% |
Artigos de residência | 1,35% | 8,02% |
Vestuário | 0,3% | 3,43% |
Transportes | 3,98% | 16,57% |
Saúde e cuidados pessoais | 0,29% | 3,24% |
Despesas pessoais | 0,71% | 2,74% |
Educação | -0,02% | 0,13% |
Comunicação | -0,11% | -0,1% |
Segundo o IBGE, para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de agosto e 14 de setembro de 2021 e comparados com aqueles vigentes de 14 de julho a 13 de agosto de 2021.
“O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, diferindo apenas no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica”, diz o instituto.
Fonte: G1 DF