Os organizadores do “bloco do protesto” — evento que reuniu mais de 500 foliões no Buraco do Tatu, neste domingo (27/2) — podem ser multados em até R$ 20 mil por descumprimento dos protocolos sanitários impostos pelo Executivo local para conter o avanço da covid-19. Para aplicar a penalidade, as equipes da DF Legal precisarão identificar os responsáveis.
Conforme prevê o decreto, estão proibidas festas ou eventos carnavalescos na capital. A operação Carnaval dispõe de uma força-tarefa, que reúne oito órgãos, incluindo a Polícia Militar do DF, DF Legal e Procon. Diariamente, as equipes fiscalizam as áreas públicas e estabelecimentos comerciais, uma vez que esse tipo de festa está proibida, mesmo que seja promovida em bares ou restaurantes.
Bloco do protesto
No entanto, mesmo com as restrições, algumas pessoas não se intimidaram e se reuniram no Buraco do Tatu para a folia. Um grupo de instrumentistas afirmou ao Correio tratar-se de um bloco de protesto contra a criminalização do carnaval. “Ao ar livre é menos perigoso. Estamos vacinados, inclusive, contra a ditadura”, disse sob a condição de anonimato.
Procurada pela reportagem, o DF Legal informou que nenhuma manifestação carnavalesca está autorizada pelos atuais decretos vigentes, incluindo blocos de rua. No fim da tarde, as equipes foram até o evento. “É importante informar que esta secretaria é uma dentre os oito órgãos que integram a força-tarefa criada para o enfrentamento da pandemia e que tem a responsabilidade concorrente com estes demais órgãos de promover a fiscalização das medidas restritivas estabelecidas no decreto da Covid”.
O DF Legal destacou, ainda, que todas as medidas que estão sendo tomadas são para evitar a proliferação da Covid-19 no Distrito Federal, preservando vidas e alertou a população. “Pedimos a compreensão da população e esperamos que, com essas medidas, possamos reduzir os índices de transmissão e o quanto antes retornarmos a normalidade, inclusive com uma folia segura no ano de 2023”.