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Fevereiro fecha mês com tempo firme e máxima de 30ºC no DF

28 de fevereiro, 2022
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Massa de ar seco no Centro-Oeste e Centro-Sudeste eleva temperatura na reta final de fevereiro. Foto: Ed Alves/ CB / DA Press
Massa de ar seco no Centro-Oeste e Centro-Sudeste eleva temperatura na reta final de fevereiro. Foto: Ed Alves/ CB / DA Press

Os brasilienses podem aproveitar o último dia de fevereiro, esta segunda-feira (28/2), para curtir o feriado ao ar livre em diversos pontos da capital Federal. Segundo a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o dia será de tempo firme, podendo alcançar a máxima de 30ºC. “Hoje será de poucas nuvens, com aumento da nebulosidade no período da tarde, mas sem previsão de chuvas. A mínima registrada, pela manhã, foi de 19ºC”, detalha Cléber Souza, meteorologista do Inmet.

As chances de chuva diminuíram no Distrito Federal devido a uma massa de ar seco que atua no Centro-Oeste e no Centro-Sudeste do país. “Com isso, a umidade relativa do ar varia entre 80% e 35%, no período da tarde. Essa massa impede a formação de chuva e segura o tempo mais firme e seco”, explica Cléber.

O especialista pontua que o clima se mantém estável para além de fevereiro, até quarta-feira (2/3), quando as possibilidades de pancadas isoladas voltam a crescer. “A partir de quarta, as chuvas voltam a ser uma possibilidade forte em diversas localidades”, avalia.

Recordes em fevereiro

Apesar do calor desta última semana — e desta segunda-feira —, os primeiros dias chuvosos de fevereiro foram o suficiente para algumas regiões administrativas baterem o recorde do número esperado de chuva. A expectativa para fevereiro era chover 183 mm, no entanto, três, das cinco estações do DF, ultrapassaram a marca.

“A estação que mais choveu foi o Gama, que registrou 320 mm de chuva, o que equivale a um aumento de 75% da média esperada. Enquanto isso, Brazlândia choveu 239,8 mm, — 30% acima do esperado; e o Sudoeste choveu 236,6 mm, — cerca de 30% acima da média”, comenta a meteorologista Andrea Ramos.

Contudo, a especialista destaca que chuvas isoladas também podem trazer algumas imprecisões nos dados. “Às vezes chove ao lado da estação e não chove na estação, o que pode fazer com que ela não seja registrada. Por exemplo, a estação de Águas Emendadas notificou 107,6 mm, mas ficou um período sem realizar medições. Já no Paranoá choveu 156,4 mm (85% da média)”, informa.

A meteorologista destaca que este é um dos verões mais chuvosos do DF. “Se comparado aos últimos seis anos, essa estação está mais chuvosa, isso devido ao fenômeno La Niña (leia saiba mais), que proporciona chuvas intensas nessa região central e norte do país. O efeito vem agindo desde outubro para novembro e alcançou o seu pico em janeiro, quando tivemos as fortes chuvas no sul da Bahia”, explica.

Saiba Mais

O fenômeno La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas da superfície do mar na costa do Peru. Ele provoca alterações sazonais na circulação geral da atmosfera e seus efeitos são sentidos em diversos locais do mundo. O fenômeno acontece de tempos em tempos, podendo se dar em intervalos bastante variáveis, de dois a sete anos.

Fonte: Edis Henrique Peres, Correio Braziliense

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