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DF receberá 292 mil doses extras do Ministério da Saúde

30 de julho, 2021
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GDF chegou a acionar Justiça por remessa, alegando defasagem. Segundo Ministério, haverá 'compensação gradual' das doses. Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
GDF chegou a acionar Justiça por remessa, alegando defasagem. Segundo Ministério, haverá 'compensação gradual' das doses. Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo

O governo do Distrito Federal anunciou, nesta quinta-feira (29), que firmou um novo acordo com o Ministério da Saúde para o envio de 292 mil doses extras de vacinas contra a Covid-19 à capital. O órgão federal confirmou que haverá uma “compensação gradual” à capital.

O GDF afirma que tem sido prejudicado na distribuição dos lotes (saiba mais abaixo) e, na semana passada, acionou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para garantir o recebimento das remessas.

O novo acordo foi anunciado pelo chefe da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, em coletiva de imprensa nesta tarde. Segundo o secretário, os termos foram definidos em reunião entre representantes do governo federal e da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), na última terça-feira (27).

“O Ministério da Saúde se comprometeu a encaminhar essas doses ao DF de forma escalonada. Ainda não divulgou a forma e quantidade que será encaminhada por vez”, disse Rocha.

Em nota ao G1,o Ministério da Saúde afirmou que enviará as remessas de “forma complementar, de modo que todos os estados deverão finalizar o processo de imunização sem que haja benefícios ou prejuízos a suas respectivas populações”.

A reportagem questionou qual será a data e quantidade da primeira remessa extra, mas o órgão federal não respondeu.

Segundo acordo

Esta é a segunda vez em que o GDF afirma ter combinado o envio de doses extras. O Executivo local afirma que o governo federal tem feito “constantes equívocos na distribuição de vacinas” e que há déficit nos lotes enviados à capital (veja mais abaixo).

O primeiro acordo, segundo o governo, ocorreu em reunião de uma comissão tripartite, que tem participação de representantes do Ministério da Saúde e das secretarias de saúde estaduais e municipais.

O encontro, porém, não contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Na ocasião, o acordo seria para 250 mil doses.

À época, i chefe da Casa Civil do DF chegou a afirmar que o órgão enviou 21 mil vacinas extras em 15 de julho. No entanto, na semana seguinte, o ministro Queiroga disse que “nenhuma unidade da federação foi prejudicada” na distribuição de doses.

“Foi considerada a questão do senso de 2010, considera-se a demografia de cada estado e aqui do Distrito Federal, a presença de comorbidades. O que nós temos que fazer é buscar mais doses. E é isso que nós temos feito”, afirmou Queiroga em 19 de julho.

Quatro dias após a declaração do ministro, o GDF acionou o STJ cobrando do Ministério o envio de 292 mil doses que estariam em déficit na capital. Segundo Rocha, após o novo acordo, o governo vai aguardar a confirmação do envio das vacinas, para só então retirar a ação na Justiça.

Déficit de doses

Entre os motivos que podem ter causado o déficit de vacinas, o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, citou a imunização de profissionais das Forças Armadas e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sem dar detalhes do quantitativo.

A campanha é alvo de inquérito do Ministério Público Federal (MPF). Segundo o órgão, 30 mil servidores das Forças Armadas foram priorizados na imunização contra Covid-19 no DF. A investigação apura possíveis irregularidades e fura-filas na lista, que é encaminhada pelo órgão federal.

Além dos servidores da União, o chefe da Casa Civil no DF apontou déficit também nas doses encaminhadas para profissionais da educação. “O Ministério estimou 33.200, vacinamos 73.655”, disse.

O secretário afirmou ainda que o governo federal encaminhou 6,7 mil doses para equipes de salvamento, enquanto o DF vacinou 31,8 mil profissionais.

Fonte: Carolina Cruz, G1 DF

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