fbpx
Hospital Veterinário StarVet

Brasília enfrenta seca histórica com impactos severos na saúde respiratória

03 de outubro, 2024
1 minuto de leitura
Brasília enfrenta seca histórica com impactos severos na saúde respiratória
Brasília enfrenta seca histórica com impactos severos na saúde respiratória

Brasília está vivendo uma das secas mais intensas de sua história, com impactos severos na saúde da população. Desde 23 de abril, a capital federal enfrenta 163 dias consecutivos sem chuva, igualando o recorde de estiagem registrado em 1963. A falta de precipitação, combinada com temperaturas elevadas e umidade extremamente baixa, tem causado sérios problemas à qualidade de vida dos brasilienses.

No último sábado (28), algumas regiões do Distrito Federal foram surpreendidas por chuvas isoladas, apesar da longa estiagem. Enquanto áreas como Paranoá permaneceram secas, bairros como Sol Nascente, Estrutural, Samambaia e Taguatinga enfrentaram alagamentos inesperados. A breve chuva trouxe alívio momentâneo, mas o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta que a chance de novas precipitações nos próximos dias é baixa, com expectativa de pancadas isoladas somente a partir de 7 de outubro. O alívio definitivo pode chegar após o dia 10, com maior possibilidade de chuvas.

A seca de 2024 trouxe consigo temperaturas recordes e níveis críticos de umidade. Na sexta-feira (27), Brasília registrou 36,5°C, a temperatura mais alta do ano. Já em 3 de setembro, a umidade relativa do ar atingiu apenas 7%, o menor índice de 2024. Esse cenário tem contribuído para o aumento de incêndios florestais, que vêm devastando áreas do Cerrado, afetando a fauna e flora da região.

Além dos danos ao meio ambiente, a saúde da população está sendo duramente afetada pela estiagem. Segundo a otorrinolaringologista Marcela Suman, a seca prejudica o funcionamento adequado das mucosas, que dependem de água para realizar suas funções de defesa. “Em um ambiente tão seco, as células ciliadas do sistema respiratório ficam paralisadas, impedindo a remoção de impurezas. Isso agrava quadros de rinite, asma e outras doenças respiratórias crônicas”, alerta a médica.

Para minimizar os efeitos da seca, a principal recomendação é manter o corpo bem hidratado. A Organização Mundial da Saúde sugere a ingestão de 60 ml de água por quilo de peso corporal. Hidratar as vias respiratórias com soro fisiológico e usar colírio de lágrima artificial também são medidas essenciais para aliviar o desconforto.

Outras orientações para enfrentar o clima seco incluem evitar atividades físicas nos horários mais quentes do dia, manter os ambientes úmidos com toalhas molhadas ou umidificadores e limpar a casa com pano úmido para evitar a dispersão de poeira. Mesmo com essas precauções, os brasilienses seguem na expectativa de que a chuva traga alívio para a seca histórica que assola a capital.

Em destaque