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Sinpol-DF adverte que a desvalorização da PCDF pode facilitar a entrada do crime organizado no DF

04 de setembro, 2024
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O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) lançou uma campanha para alertar sobre os perigos que a desvalorização da Polícia Civil do DF (PCDF) pode trazer para a segurança pública na capital do país. De acordo com a entidade, a redução no quadro de efetivos e a falta de reconhecimento podem abrir caminho para a entrada e o fortalecimento de facções criminosas no Distrito Federal.

O presidente do Sinpol-DF, Enoque Venancio de Freitas, destacou a importância do trabalho da PCDF na contenção do crime organizado. Segundo Freitas, enquanto outras regiões do Brasil e da América do Sul, como Paraguai, Colômbia, Rio Grande do Sul e Ceará, enfrentam a expansão das facções criminosas, o DF tem conseguido manter essas organizações à distância graças à atuação eficiente e contínua da polícia civil local.

Freitas mencionou casos emblemáticos, como a prisão de membros da facção “Comboio do Cão” e a captura de gangues inteiras, como exemplos do papel fundamental da PCDF na manutenção da ordem e segurança no DF. “A desvalorização dos que protegem a população prejudica todos, podendo levar à suspensão de serviços essenciais, como o fechamento de delegacias, além de facilitar a expansão do crime organizado na capital da República”, afirmou.

A possível interrupção das operações das delegacias é um dos cenários mais alarmantes apontados pela campanha. A falta de atendimento 24 horas poderia deixar a população desamparada, comprometendo a resposta imediata a crimes graves, como homicídios, roubos e violência doméstica. A ausência de policiais preparados também poderia facilitar a atuação de facções criminosas, colocando em risco a integridade da sociedade.

Outro ponto de preocupação é o aumento dos crimes virtuais no DF. Em 2023, foram registradas cerca de 50 mil denúncias de golpes virtuais na capital, uma média de 136 casos por dia, mas apenas 171 suspeitos foram levados à Justiça, apesar da instauração de 582 inquéritos. Freitas destaca que a sobrecarga de trabalho e a desmotivação dos investigadores dificultam uma resposta eficaz a esses crimes, ampliando a sensação de insegurança e de impunidade.

O presidente do Sinpol-DF também alerta que a desvalorização tem levado muitos profissionais capacitados a deixarem a carreira, o que enfraquece ainda mais a atuação da PCDF em um momento crítico, no qual facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) expandem suas atividades no ambiente virtual.

“Sem a devida valorização, a eficácia da nossa atuação investigativa fica cada vez mais comprometida, colocando em risco a segurança de toda a população”, concluiu Freitas. A campanha do Sinpol-DF busca, portanto, sensibilizar a sociedade e as autoridades para a importância de valorizar a Polícia Civil do DF, que é considerada a última linha de defesa contra o avanço do crime organizado na capital do Brasil.

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