Juliana Curi
A ação de ladrões na Catedral Metropolitana de Brasília Nossa Senhora Aparecida tem sido constante, e desta vez o alvo foi a iluminação do espelho d’água do monumento. Às vésperas da festa da Padroeira do Brasil, celebrada em 12 de outubro, foram furtados 200 metros de cabos de cobre usados para iluminar um dos principais pontos turísticos da capital do país. Uma equipe de sete eletricistas, um engenheiro e um técnico de segurança da CEB trabalham no local para repor a fiação e checar se os furtos causaram algum dano aos projetores.
Com o apoio da Novacap, a equipe também fez uma limpeza no espelho d’água. Foram necessários cinco caminhões pipa – cerca de 100 mil litros de água. O principal objetivo, no momento, é preparar a Catedral para a festa de Nossa Senhora Aparecida.
Crime e prejuízo
Furtar cabos de energia é crime previsto no código penal, e só quem paga é a população. De acordo com a CEB, responsável pela iluminação pública do DF, de janeiro a agosto deste ano já foram furtados 57 mil metros de fiação – um prejuízo que chega a R$ 1,7 milhão aos cofres públicos.
Todos os furtos foram registrados em boletins de ocorrência na Polícia Civil do DF, que orienta a população a também fazer denúncias anônimas pelos números 197 ou 190.
Construção histórica
A Catedral Metropolitana de Brasília é um monumento tombado pelo patrimônio histórico e cultural. A igreja foi projetada por Oscar Niemeyer, com as curvas e traços característicos do arquiteto, e foi inaugurada no dia 31 de maio de 1970. O espelho d’água, que foi alvo da ação criminosa, tem uma função decorativa e principalmente de auxiliar na refrigeração do interior da Catedral.
A expectativa do pároco da Catedral, padre Agenor Vieira, é que mais de 100 mil fiéis compareçam às celebrações do dia de Nossa Senhora Aparecida, considerada a festa religiosa mais importante do DF e do país.
