Débora Oliveira
O Distrito Federal está enfrentando uma seca severa, completando 120 dias sem chuva e registrando níveis críticos de umidade do ar. Na última semana, a umidade relativa chegou a 12%, muito abaixo do nível saudável recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que varia entre 40% e 60%. Diante desse cenário, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho, informando a população sobre os riscos à saúde e ao meio ambiente. A Defesa Civil também reforçou a sinalização de perigo.
Além de provocar incêndios florestais, a seca extrema tem aumentado a incidência de doenças respiratórias, como gripe, sinusite, rinite, e até pneumonia. Na última terça-feira (20/8), os termômetros registraram uma máxima de 29ºC e uma mínima de 14°C, com a umidade variando entre 23% e 53%. O final do inverno, caracterizado por altas temperaturas e tempo seco, agrava ainda mais a situação.
De acordo com o Departamento para o Clima e Sustentabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o ano passado registrou os índices de precipitação mais baixos dos últimos 40 anos no Brasil, especialmente entre julho e setembro, e essa tendência parece continuar. A capital do país, portanto, não está imune a essa realidade climática desafiadora.
Incêndios florestais disparam em Brasília
De 1º a 16 de agosto, Brasília registrou 1.477 incêndios florestais, um reflexo direto da seca severa que assola a capital federal. O período de estiagem, com altas temperaturas e umidade relativa do ar em níveis críticos, têm favorecido a propagação de queimadas na região. Em comparação ao mesmo período de 2022, quando foram registrados 2.304 incêndios, o ano de 2023 já contabiliza 2.488 ocorrências, demonstrando um aumento preocupante.
O Governo do Distrito Federal (GDF) havia decretado estado de emergência ambiental em abril, antecipando o período mais crítico do ano, caracterizado por baixos índices de precipitação. Este ano, a seca está particularmente severa, com agosto sendo marcado por longos dias sem chuva e temperaturas elevadas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho nesta terça-feira (20/8), com a umidade do ar variando de 80% a 12%, o que agrava ainda mais a situação.
A combinação de fatores climáticos têm não apenas contribuído para o aumento das queimadas, mas também para o surgimento de problemas de saúde entre os moradores da capital, como dores de cabeça e doenças respiratórias. A Defesa Civil tem alertado a população sobre os riscos e recomendações para minimizar os impactos da seca e das queimadas, especialmente para grupos mais vulneráveis.
