Débora Oliveira
Na tarde desta quarta-feira (21/8) um estudante de 15 anos, armado com uma faca, manteve uma professora como refém em uma sala de aula na Escola Classe 16, em Planaltina, Distrito Federal. Por volta das 13h, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada para atender à grave ocorrência de cárcere privado.
O incidente teve início por volta das 13h, quando uma equipe do 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foi acionada para lidar com o caso de cárcere privado. Ao chegar à escola, os policiais encontraram o jovem mantendo a professora sob ameaça, impedindo sua saída da sala de aula.
Dada a gravidade da situação, o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) foi chamado para conduzir as negociações. A operação, denominada “Gerente”, também contou com a participação do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que se preparou para prestar socorro caso fosse necessário.
Segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), as negociações foram marcadas por alta tensão. O estudante mantinha a faca em punho e a apontava para a professora, enquanto os negociadores tentavam estabelecer um diálogo para desarmá-lo e garantir a segurança da vítima.
Após várias tentativas, os policiais conseguiram que o jovem aceitasse um copo d’água, o que gerou uma oportunidade crucial. Ao se distrair para oferecer a bebida à professora, o aluno afrouxou sua guarda, momento em que a professora, em um ato de coragem, conseguiu derrubar a faca de suas mãos.
A queda da arma foi o sinal que os policiais aguardavam. Imediatamente, a equipe do BOPE e os bombeiros invadiram a sala de aula, rendendo o adolescente e resgatando a professora. A rápida e coordenada ação das forças de segurança foi fundamental para evitar uma tragédia maior.
A professora sofreu pequenas lesões no rosto e no pescoço, mas foi rapidamente atendida pelos bombeiros. Ainda em estado de choque, foi encaminhada à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) para prestar depoimento e formalizar a ocorrência. O aluno foi apreendido e também levado à DCA, onde responderá pelos atos.
A direção da Escola Classe 16 anunciou a suspensão temporária das aulas, e equipes de apoio psicológico foram disponibilizadas para alunos e professores. O incidente despertou preocupação na comunidade escolar e reacendeu o debate sobre segurança nas escolas e a necessidade de políticas preventivas para identificar e tratar comportamentos agressivos entre estudantes.
A atuação das forças de segurança foi amplamente elogiada, especialmente pela habilidade dos negociadores em evitar um desfecho trágico. A PMDF destacou a importância do treinamento contínuo das equipes de resposta rápida e a integração entre Polícia Militar, BOPE e Corpo de Bombeiros na resolução da ocorrência.
A professora, principal vítima do episódio, foi liberada após prestar depoimento e segue recebendo acompanhamento médico e psicológico. Enquanto isso, a comunidade de Planaltina tenta retomar a normalidade, embora as marcas deste evento permaneçam.
O incidente ressalta os desafios enfrentados por educadores e as forças de segurança em situações de crise, sublinhando a importância de ações integradas e eficazes na proteção da sociedade.
