Brasília e outras capitais brasileiras amanheceram cobertas por camada densa de fumaça no domingo (25/8), resultado das queimadas que assolam diversas regiões do país. A capital federal, assim como Goiânia e Belo Horizonte, foi fortemente impactada pelo fenômeno, intensificado por incêndios no estado de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF), as imagens de satélite confirmam que a fumaça, visível até sobre prédios icônicos como o Congresso Nacional, foi transportada por ventos favoráveis, agravando ainda mais a situação.
A seca prolongada em Brasília, que já dura mais de 120 dias sem chuvas, contribui para a persistência da fumaça no ar, criando um ambiente propício para o surgimento de novos focos de incêndio. Com a umidade relativa do ar prevista para cair abaixo de 20% durante a tarde, o Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta sobre os riscos elevados de incêndios florestais e os impactos negativos na saúde pública, como problemas respiratórios.
No sábado (24/8), os bombeiros enfrentaram um grande incêndio em uma área de preservação de Brasília, que abriga uma das nascentes que abastecem o Lago Paranoá. Este é apenas um dos muitos incidentes registrados no Distrito Federal este ano; entre janeiro e julho, foram contabilizadas 3.368 ocorrências de incêndios florestais na região.
A situação é crítica em outras partes do Brasil, com recordes de focos de incêndio sendo registrados na Amazônia, Pantanal e no Sudeste. Em São Paulo, 21 cidades estão atualmente lidando com incêndios ativos, e 46 municípios estão em alerta máximo. O Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos divulgou imagens que mostram a concentração de monóxido de carbono em uma faixa que se estende do Norte do Brasil até o Sul e Sudeste, passando pelo Peru, Bolívia e Paraguai. O cenário é alarmante, exigindo atenção e ação imediata das autoridades e da população para mitigar os danos ambientais e de saúde.
Situação persiste em Brasília
Nesta segunda-feira (26/8), Brasília amanheceu, pelo segundo dia consecutivo, encoberta por uma densa camada de fumaça, criando um cenário preocupante para os moradores da capital. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), essa condição adversa deve persistir até esta terça-feira, 27 de agosto.
A situação, atípica para a região, é consequência do aumento significativo no número de incêndios em diversas partes do país, cujas partículas de fumaça são carregadas pelo vento até o Distrito Federal.
A população já começa a sentir os efeitos desse fenômeno, com relatos de desconforto respiratório, ardência nos olhos e preocupação crescente quanto à qualidade do ar. As autoridades recomendam que a população evite atividades físicas ao ar livre, mantenha-se hidratada e, sempre que possível, permaneça em ambientes fechados.
Com informações da Agência Brasil.*