Em Brasília, um novo projeto de inclusão cultural ganha destaque neste mês de outubro. O “Brasília para Todos – Acessibilidade e Valorização do Patrimônio Cultural” visa tornar os espaços culturais da capital federal acessíveis para pessoas com deficiência visual, oferecendo uma experiência sensorial enriquecedora com o uso de mapas táteis. Desenvolvidos por uma artista visual, os mapas detalham a disposição dos principais patrimônios culturais, como o Museu Vivo da Memória Candanga e a Catedral de Brasília, e serão utilizados durante visitas mediadas.
Esses mapas táteis permitem que os visitantes compreendam os espaços por meio do tato, oferecendo uma noção espacial e sensorial dos locais visitados. A idealizadora do projeto, Cássia Lemes, destaca a importância dessa experiência inclusiva: “O mapa não dá apenas uma noção espacial, mas também de forma e conteúdo, utilizando texturas diferentes para promover essas sensações e percepções sobre os espaços, o que pode ser de interesse para o público em geral, e não apenas para pessoas com deficiência visual”.
O projeto não só facilita a acessibilidade como também promove a capacitação de pessoas com deficiência visual para atuar no setor cultural. Com uma oficina gratuita de mediação cultural, que ocorre ao longo de outubro, a iniciativa busca integrar esse público no mercado de trabalho. De acordo com o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), 3,8% da população do DF tem algum tipo de deficiência, sendo a deficiência visual a mais comum, e a taxa de desemprego entre pessoas com deficiência é elevada, atingindo 18,6% em 2021.
As visitas mediadas incluem locais icônicos como o CCBB e o Museu da República, conforme cronograma:
- 25/10 – Museu Vivo da Memória Candanga
- 26/10 – CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil)
- 29/10 – Espaço Cultural Renato Russo, Igrejinha Nossa Senhora de Fátima e Quadra Modelo 308 Sul
- 30/10 – Museu da República e Catedral
- 31/10 – Memorial JK e Memorial dos Povos Indígenas