O dólar passou a subir nesta sexta-feira (18), após recuar abaixo de R$ 5 mais cedo, em meio à expectativa de juros mais altos no Brasil.
Às 12h54, a moeda norte-americana subia 0,38%, a R$ 5,0418. Na mínima do dia até o momento, chegou a R$ 4,9824.
Na quinta-feira, o dólar fechou em queda de 0,72%, a R$ 5,0226 – menor cotação de encerramento desde 10 de junho de 2020 (R$ 4,9334). Com o resultado, a moeda norte-americana acumula queda de 3,86% no mês e de 3,17% no ano.
Cenário do dólar
Analistas tem destacado que uma taxa de juros mais alta no Brasil tende a valorizar o real frente ao dólar, tendo em vista que favorece uma maior entrada de capital estrangeiro no país. Nesta semana, o Banco Central elevou a Selic de 3,50% para 4,25% ao ano.
No exterior, o dólar também apresenta movimento de valorização frente a outras moedas após o Federal Reserve (Fed, banco central americano) antecipar para 2023 a projeção da primeira alta dos juros nos Estados Unidos desde o começo da pandemia da Covid-19.
“A sinalização de alta de juros americanos versus aumento de juros pelo Copom exerce forças em direções contrárias no que tange a câmbio, sendo o impacto final de difícil apuração. Os efeitos de curto prazo são bastante voláteis e imprevisíveis, mas há de se atentar a questões estruturais em ambos os países para entender a trajetória do câmbio no longo prazo”, afirma Rafael Foscarini, diretor de estratégia da Belo Investment Research.
Em Brasília, o Senado aprovou na véspera o texto-base da medida provisória (MP) de privatização da Eletrobras por 42 votos, um a mais que o mínimo necessário, ante 37 contrários. A matéria agora volta à Câmara dos Deputados. Entidades criticam, porém, a inclusão de ‘jabutis’, trechos sem relação com tema original da MP.
Fonte: G1