A Redação
O caso aconteceu em Valparaíso de Goiás. Homem alega que acertou filho por acidente.
O pai do bebê de 2 meses que morreu após ser atingido por um celular foi preso na quarta-feira (5) em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, suspeito de cometer o crime. Durante buscas na casa foram encontrados outros celulares quebrados e uma colcha de cama com várias partes recortadas, que seriam onde estavam marcas de sangue da vítima.
O suspeito disse, em interrogatório, que jogou o celular na parede durante uma discussão com a esposa e que o aparelho acertou acidentalmente o filho, Bryan Kauan. A delegada Samya Barros acredita, no entanto, que ele teve a intenção de machucar o bebê devido à gravidade da lesão.
O nome do suspeito não foi divulgado.
Bryan foi atingido pelo aparelho no último dia 29. Segundo as investigações, o pai do bebê viu um vídeo da esposa dançando e suspeitou que pudesse ter sido gravado por um homem, o que gerou ciúmes. Durante a discussão, ele arremessou o celular.
O menino foi socorrido e levado para o hospital, mas faleceu no dia 1º. O pedido de prisão do pai foi feito, mas foi necessário esperar até quarta-feira para cumprir devido à regra eleitoral. O homem segue alegando que o caso foi acidental.
Tristeza
O avô do bebê está inconformado com a morte do neto. Segundo ele é uma dor que não passa e que causa muita tristeza.
“É muita revolta que a família, muita tristeza. É uma dor que não passa, não tem explicação. A todo momento meus filhos menores ficam falando dele, fica fazendo desenho, até de como foi o acontecido. É só Deus para segurar as nossas mãos”, disse.
A mãe do bebê disse à polícia que ela e o marido estavam discutindo em casa e ela decidiu ir dormir para encerrar o bate-boca.
Durante a discussão, o pai estava com o filho no colo. Nervoso, ele colocou o menino num bebê conforto e, depois, ao lado da mãe, que estava deitada na cama. Momentos depois, ele jogou o celular e atingiu o filho.
A delegada ressaltou que o relacionamento do casal estava conturbado há algum tempo. A mulher, inclusive, desenvolveu depressão e contou que evita discutir com o marido.
Fonte: Vitor Santana, g1 Goiás
