Grupo operava em casa no Setor Bueno
Uma ação da Polícia Civil de Goiás (PC-GO), realizada na última segunda-feira (5), resultou na prisão de 14 pessoas e na recuperação de R$ 7 milhões em bens. A ação Haustórios desarticulou um esquema de tráfico na modalidade disque-drogas.
De acordo com as investigações, o grupo operava um grande laboratório de drogas, situado no Setor Bueno, em Goiânia/GO. As vendas aconteciam da seguinte forma; o usuário entrava em contato com a central de vendas via telefone ou WhatsApp e recebia o entorpecente no local desejado, via entregador – geralmente motoboys.
No local, eram recebidos os entorpecentes ainda em seu estado bruto, sob a pasta base de cocaína e, após o refino, eram preparadas porções individuais em embalagens. De lá, o entorpecente era distribuído para equipes de entregadores até o usuário final.
A informação é que desde a última quarta-feira (30), a Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) apreendeu mais de mil envelopes de cocaína, além de 9 kg da droga já refinada e mais 12, de insumos.
Operação
Como resultado da investigação, que já dura mais de um ano, a polícia cumpriu outros 37 mandados de busca e apreensão, atuando também no município de Santarém (PA), onde o líder da quadrilha morava e investia os lucros do esquema criminoso.
No total, foram recuperados 25 carros, duas motos aquáticas, 30 celulares, cinco armas de fogo e mais de R$ 300 mil em espécie.
Segundo o delegado Fabrício Flávio, coordenador da operação, o indivíduo mudou para o norte do país, após se desvencilhar de uma facção criminosa em Goiás, para começar a operar o seu próprio esquema de tráfico. “Aqui, ele foi jurado de morte e chegou a sofrer suas tentativas de homicídio”, conta.
Haustórios
Fabrício explica, ainda, que o nome da operação faz referência a mecanismos exclusivos de plantas parasitas que permitem a conexão com a planta hospedeira.
“Em uma analogia com a organização criminosa, o líder da quadrilha, mesmo morando em outro estado, mantinha seus mecanismos (braços) em Goiás, de onde retira os recursos financeiros advindos da venda de drogas ilícitas.”