Brinquedotecas: Vinte e uma unidades prisionais goianas já contam com espaços lúdicos para que pais e mães recebam os filhos menores de 18 anos fora do ambiente de cárcere. Também conhecidos por brinquedotecas, os espaços foram construídos ou adaptados em 20 municípios, a partir de mudanças realizadas pela Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) no esquema de visitação de familiares aos presos em Goiás.
“Estamos construindo algo inédito no Estado e que é muito raro nas unidades prisionais brasileiras. As crianças terão acesso aos pais fora da carceragem, que não é ambiente para elas. Estamos proporcionando aos apenados e apenadas condições para que tenham um convívio harmônico com os filhos”, revela o diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires.
Até o momento, as brinquedotecas estão disponíveis nas unidades prisionais de Alexânia, Alto Paraíso de Goiás, Araçu, Caldas Novas, Catalão, Cidade de Goiás, Formosa, Goianésia, Inhumas, Itaberaí, Itapuranga, Itumbiara, Planaltina de Goiás (duas), Pires do Rio, Santa Helena, São Luís de Montes Belos, Silvânia, Uruana, Vianópolis e na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
Nos demais 74 presídios do Estado, as brinquedotecas estão sendo montados ou adaptados. O processo deve ser concluído até o final do mês de julho. “É muito importante o contato social do apenado com seu familiar, para que ele não perca os vínculos, extremamente significativos no processo de ressocialização”, afirma Josimar Pires.
No espaço lúdico, as crianças podem ficar até 45 minutos (o tempo varia conforme a unidade prisional) com os pais, que não utilizarão algemas, mas serão monitorados por um policial penal à distância. Para agendar a visita, o familiar responsável pela criança ou adolescente precisa acessar o sistema senha on-line (senha para visitação) da Polícia Penal – www.policiapenal.go.gov.br/senhaonline.
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Marcenaria atende brinquedotecas
As mesas, cadeiras, brinquedos e materiais de EVA utilizados nas brinquedotecas são produzidos dentro da Seção Indústria do Complexo Prisional de Aparecida. Na oficina de marcenaria, os homens confeccionam os materiais. Na parte de confecções, as mulheres produzem os kits de EVA e dão acabamento nas peças de madeira. Quando prontos, os kits de brinquedos são distribuídos para as unidades prisionais.
“Os detentos, especialmente as mulheres, estão se sentindo ainda mais úteis com esse projeto. Elas são mães e ficaram muito sensibilizadas em saber que podem receber os filhos em um espaço lúdico, adequado. Os trabalhos estão a pleno vapor”, revela a gerente de Produção Agropecuária e Industrial (GPAI) da DGAP, Alline Scaglia. “Sem falar do alcance social do projeto, pois os detentos também terão remição de pena, ou seja, reduzem o tempo de cárcere”, finaliza.