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Setembro Amarelo: conscientização coletiva e tratamentos acessíveis devem nortear campanhas contra autoextermínio

04 de setembro, 2024
2 minuto(s) de leitura
Setembro Amarelo
Setembro Amarelo (Foto: Freepik)

Com o início de setembro, o Brasil volta suas atenções para a campanha “Setembro Amarelo”, um movimento dedicado a aumentar a conscientização sobre o suicídio e promover o suporte à saúde mental. Desde seu lançamento em 2014, o “Setembro Amarelo” tem procurado desmistificar a questão e incentivar um diálogo aberto sobre a saúde mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas cometem suicídio globalmente a cada ano. No Brasil, foram registradas 16.262 mortes por suicídio em 2023, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Lucas Benevides, psiquiatra e professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), destaca a importância de um olhar atento e acolhedor por parte das famílias e da comunidade para ajudar a prevenir o suicídio. “É essencial diferenciar a tristeza passageira de um sofrimento mental mais profundo. A tristeza pode ter um gatilho específico e costuma melhorar com o tempo ou mudanças nas circunstâncias, enquanto o sofrimento mental persistente pode ter um impacto duradouro e severo na qualidade de vida”, explica Benevides.

Benevides sublinha a importância das campanhas de conscientização em reduzir o estigma associado à saúde mental. “Temos visto um aumento significativo no número de pessoas dispostas a buscar ajuda e compartilhar suas experiências. Isso é crucial, pois ajuda a criar um ambiente onde as pessoas se sintam confortáveis em procurar apoio”, afirma o psiquiatra.

O tratamento de distúrbios mentais geralmente envolve uma combinação de psicoterapia e medicação. Benevides ressalta que “terapia e medicação frequentemente funcionam melhor em conjunto, proporcionando estratégias de enfrentamento e corrigindo desequilíbrios químicos”. Para os casos de suicídio, o especialista recomenda terapia de luto, grupos de apoio e aconselhamento familiar como recursos importantes para lidar com a complexidade e a sensibilidade dessas situações.

Além disso, o psiquiatra enfatiza que a melhoria das políticas públicas e do financiamento para a saúde mental é fundamental. “É preciso que o Estado aprimore seu papel, garantindo financiamento adequado para a saúde mental e uma legislação que apoie o tratamento e a prevenção”, defende Benevides.

Tratamentos Acessíveis em Brasília

Para apoiar a saúde mental na comunidade, o Centro Universitário de Brasília (CEUB) oferece serviços de psiquiatria e psicologia a preços acessíveis. A psiquiatria é disponibilizada pelo Centro de Atendimento à Comunidade (CAC), localizado no Setor Comercial Sul, Brasília, com consultas ao valor de R$ 40. A Clínica Escola de Psicologia do CEUB oferece atendimento psicológico para crianças, adolescentes, adultos, casais e famílias, com sessões também a R$ 40, conduzidas por estudantes supervisionados.

Os atendimentos estão disponíveis de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, no Edifício União – SCS Quadra 01, 12º andar. Para agendar uma consulta, os interessados podem ligar para (61) 3966-1660 ou comparecer pessoalmente. O pagamento pode ser feito em dinheiro, cartão de crédito ou débito.

O “Setembro Amarelo” é uma oportunidade para reforçar a importância do apoio mútuo e do acesso a tratamentos de saúde mental. O engajamento da comunidade, a redução do estigma e a ampliação dos recursos para a saúde mental são fundamentais para prevenir o suicídio e promover o bem-estar psicológico de todos.

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