Em primeiro lugar, quando falamos em economia, há uma questão ética: apesar de negócios terem o lucro como objetivo, nenhum deveria se basear na exploração dos trabalhadores.
No entanto, esta não é uma coluna sobre o capital e o trabalho, e sim sobre a importância da educação financeira dos empregados para o sucesso das empresas. Por quê?
Problemas com dinheiro e economia afetam a saúde física e mental dos funcionários e, por extensão, seu desempenho profissional. Até mesmo o ambiente corporativo com o orçamento apertado pode fornecer informações que tornem os colaboradores mais atentos para lidar com suas finanças.
Principalmente porque o bônus da longevidade embute o desafio de termos que nos preparar para uma longa existência.
Disciplina financeira, economia, escolhas sensatas. Parece óbvio, mas não é tão simples assim. Empregados de todos os níveis hierárquicos podem fazer opções equivocadas que resultarão em alto grau de ansiedade e estresse, baixa capacidade de concentração e produtividade e até absenteísmo.
Levantamento feito no Reino Unido mostrou que 40% das pessoas economicamente ativas não conseguem administrar sua própria economia – a dificuldade também atinge a faixa etária entre 18 e 24 anos. Entre os que se endividaram, mais de 80% não buscaram qualquer tipo de orientação.
Os mais jovens ganham menos e não conseguem poupar; depois vêm os filhos e o orçamento continua no vermelho. O problema é que o relógio não para e, depois dos 40, o esforço para garantir uma reserva para a velhice vai ser maior. Além disso, questões de saúde podem abreviar a vida produtiva.
Estudos já mostraram que a maioria dos trabalhadores é receptiva a receber orientação dos empregadores sobre questões de economia, não enxergando esse tipo de abordagem como uma interferência em sua privacidade.
O mesmo se aplica ao encorajamento para que poupem para a aposentadoria, porque a maior parte reconhece que, sem uma ajuda externa, o foco será nas demandas do dia a dia, e não no futuro.