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16 milhões de brasileiros vivem sem nenhum dente na boca, diz IBGE

11 de setembro, 2024
2 minuto(s) de leitura
16 milhões de brasileiros vivem sem nenhum dente na boca, diz IBGE
16 milhões de brasileiros vivem sem nenhum dente na boca, diz IBGE. (Foto: Freepik)

Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um cenário preocupante no Brasil: aproximadamente 16 milhões de brasileiros vivem sem nenhum dente. Esse dado alarmante destaca um problema de saúde pública que vai além da estética e da função mastigatória. Especialistas alertam que a falta de dentes e a má higiene bucal podem aumentar significativamente o risco de problemas de saúde graves, como infartos e tumores.

A ausência de dentes não é apenas uma questão de conforto e aparência. Segundo a especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial, Cristiane Delmondes, da clínica Benve Odontologia e Estética, a negligência com a higiene bucal pode resultar em infecções que afetam todo o organismo. “A falta de cuidados com os dentes pode levar a uma série de complicações, incluindo infartos e tumores. A necrose dos nervos dentários cria um ambiente propício para a proliferação de bactérias. Essas bactérias, quando entram na corrente sanguínea, podem causar febre reumática e inflamações em vários órgãos, como o coração e os olhos,” explica Cristiane.

A situação é agravada pela falta de acesso a serviços odontológicos de qualidade. Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 60% da população brasileira não tem acesso adequado a cuidados dentários, contribuindo para um aumento de problemas como cáries, doenças periodontais e perda precoce dos dentes. Na infância, cerca de 40% dos casos de febre reumática são originados de infecções bucais, e esses sintomas podem levar anos para se manifestar completamente, resultando em consequências graves, como infartos.

Cristiane Delmondes também aponta que a falta de tratamento adequado pode ter efeitos duradouros. “Um indivíduo de 30 ou 40 anos, que nunca apresentou sintomas, pode sofrer um infarto do miocárdio, muitas vezes devido a uma febre reumática não tratada desde a infância,” afirma a especialista.

Além das consequências sistêmicas, a perda dentária pode resultar de vários fatores, incluindo a procrastinação no tratamento de problemas dentários, falta de higiene adequada e uso de certos medicamentos. O Cirurgião-Dentista Gustavo Delmondes enfatiza a importância da prevenção. “Dentistas e médicos devem trabalhar em conjunto, pois problemas bucais frequentemente refletem ou afetam a saúde geral. Doenças sistêmicas podem manifestar-se na cavidade bucal, e o cuidado com a saúde dentária pode ter impactos positivos adicionais na saúde cardiovascular,” destaca Gustavo.

A prevenção é a chave para evitar a perda dentária e suas consequências graves. A adoção de práticas adequadas de higiene bucal, como escovação regular, uso de fio dental e visitas frequentes ao dentista, é essencial. Além disso, a moderação no consumo de alimentos ricos em açúcar pode ajudar a manter a saúde dental e, consequentemente, a saúde geral.

O panorama atual revela uma necessidade urgente de aumentar o acesso a cuidados odontológicos e promover a conscientização sobre a importância da higiene bucal. O investimento em saúde preventiva pode não apenas melhorar a qualidade de vida, mas também reduzir o risco de condições graves associadas à saúde bucal.

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