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Hospital Veterinário StarVet

Especialista alerta para impactos do uso do cigarro eletrônico na saúde bucal 

15 de agosto, 2024
2 minuto(s) de leitura
Uso de cigarros eletrônicos, ou vapes, tornou-se uma tendência crescente, especialmente entre os jovens, mas os impactos dessa prática na saúde bucal têm gerado preocupações
uso de cigarros eletrônicos, ou vapes, tornou-se uma tendência crescente, especialmente entre os jovens, mas os impactos dessa prática na saúde bucal têm gerado preocupações (Foto: Reprodução Freepik)

O uso de cigarros eletrônicos, ou vapes, tornou-se uma tendência crescente, especialmente entre os jovens, mas os impactos dessa prática na saúde bucal têm gerado preocupações significativas. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), o Distrito Federal ocupa o terceiro lugar entre as unidades da federação com mais usuários desses dispositivos, um dado alarmante que acende o alerta entre os profissionais da saúde.

Com mais de 2,9 milhões de brasileiros utilizando cigarros eletrônicos em 2023, o cenário se torna ainda mais preocupante em regiões como Brasília, onde o consumo é elevado. A Dra. Juliana Manzi, CEO da JS Manzi Odontologia, destaca que o uso de vapes pode trazer consequências severas para a saúde bucal, incluindo halitose, cáries, boca seca e até doenças mais graves, como estomatite nicotínica e câncer bucal.

“O vape, apesar de sua popularidade, não é uma alternativa segura ao cigarro convencional. Ele contém substâncias químicas que podem causar danos significativos à cavidade oral, afetando diretamente a qualidade de vida dos usuários”, alerta a Dra. Manzi. Segundo a especialista, é essencial que os consumidores estejam cientes dos riscos envolvidos e que haja uma maior conscientização sobre os efeitos nocivos desses dispositivos.

“A crença de que os cigarros eletrônicos são uma alternativa menos prejudicial ao cigarro convencional é um equívoco. Embora os líquidos usados nos vapes não contenham tabaco, eles possuem uma mistura de substâncias químicas, como nicotina, propilenoglicol e glicerol, que podem causar sérios danos à saúde bucal”, alerta a Dra. Juliana Manzi.

Além dos problemas imediatos, como boca seca e mau hálito, o uso prolongado desses dispositivos pode comprometer a integridade dos dentes e gengivas, levando ao desenvolvimento de cáries e doenças periodontais. “A nicotina presente nos vapes reduz o fluxo sanguíneo nas gengivas, dificultando a capacidade do corpo de combater infecções e de se recuperar de danos, o que pode agravar ainda mais os problemas bucais”, explica a especialista.

Outro fator preocupante é o impacto dos vapes na mucosa bucal. O vapor aquecido produzido durante o uso desses dispositivos pode ressecar as mucosas, aumentando o risco de lesões, como aftas e úlceras bucais, e comprometendo funções essenciais, como o paladar e o olfato. “Muitos usuários de vapes não se dão conta de que os resíduos deixados nos dentes podem manchar o esmalte e prejudicar a estética do sorriso, além de afetar a percepção dos sabores”, acrescenta a Dra. Juliana.

A especialista alerta que além de tudo, a presença de nicotina nos líquidos dos vapes também é motivo de preocupação. A nicotina não só aumenta o risco de desenvolvimento de doenças gengivais, como também reduz o fluxo sanguíneo para os tecidos da gengiva, comprometendo a capacidade do corpo de combater infecções e de se recuperar de danos. Outro problema apontado por Juliana é a consistência viscosa do vapor, que pode contribuir para o acúmulo de resíduos nos dentes, afetando não apenas a estética do sorriso, mas também funções essenciais como o paladar e o olfato. “Esses resíduos podem interferir na percepção de sabores e odores, o que representa um problema significativo para os usuários de vapes”, alerta a dentista.

Diante desses riscos, é fundamental que os usuários estejam cientes dos potenciais danos e busquem orientação profissional para evitar problemas mais graves. “Embora ainda seja cedo para determinar todos os efeitos a longo prazo do uso de vapes, o que já sabemos é suficiente para recomendar cautela e, se possível, evitar o uso desses dispositivos”, conclui a Dra. Juliana.

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