O Brasil registrou 2.418 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas e está próximo de atingir as 460 mil vidas perdidas em toda a pandemia. Com isso, a média móvel de mortes voltou a ficar acima de 1.800. Ontem esteve abaixo desse número. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Ao todo, 459.171 pessoas morreram no país desde o início da pandemia. Desde as 20h de ontem, foram contabilizados 51.545 novos casos de infecções pelo coronavírus. Com isso, o total de diagnósticos da doença feitos desde o início da pandemia é de 16.392.657.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Ontem o Brasil registrou a média móvel mais baixa em 76 dias, com menos de 1.800 óbitos. Porém, hoje o país registrou média de 1.806 óbitos nos últimos sete dias, com uma variação de -5%, o que indica o décimo dia seguido de estabilidade.
Devido ao represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para se analisar o comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de sete dias corrige essas flutuações nos números e torna possível observar se a doença está crescendo ou caindo no país e nos estados.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Sete estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.752) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
- São Paulo – 703
- Rio de Janeiro – 249
- Minas Gerais – 242
- Paraná – 202
- Rio Grande do Sul – 122
- Ceará – 119
- Bahia – 115
Sete estados e o Distrito Federal registraram queda, enquanto outros 14 estados apresentaram estabilidade. Cinco registraram alta: Roraima (32%), Tocantins (20%), Maranhão (20%), Paraíba (28%) e Mato Grosso do Sul (48%).
Das regiões, apenas o Norte apresentou queda (-26%). As demais tiveram estabilidade: Centro-Oeste (-7%), Nordeste (0%), Sudeste (-6%) e Sul (-3%).
Dados do Ministério da Saúde
Em boletim divulgado nesta sexta-feira (28), o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 2.371 novas mortes provocadas pela covid-19 entre ontem e hoje. Desde o início da pandemia, a doença causou 459.045 óbitos em todo o país.
Pelos dados da pasta, houve 49.768 casos confirmados de covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas, elevando o total de infectados para 16.391.930 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 14.811.266 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.121.619 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-22%)
- Minas Gerais: estável (-4%)
- Rio de Janeiro: queda (-29%)
- São Paulo: estável (6%)
Região Norte
- Acre: estável (-15%)
- Amazonas: queda (-46%)
- Amapá: estável (-9%)
- Pará: queda (-35%)
- Rondônia: queda (-24%)
- Roraima: alta (32%)
- Tocantins: alta (20%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (11%)
- Bahia: estável (4%)
- Ceará: estável (-2%)
- Maranhão: alta (28%)
- Paraíba: alta (20%)
- Pernambuco: estável (-4%)
- Piauí: estável (-8%)
- Rio Grande do Norte: queda (-26%)
- Sergipe: estável (-13%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-25%)
- Goiás: estável (-15%)
- Mato Grosso: queda (-18%)
- Mato Grosso do Sul: alta (48%)
Região Sul
- Paraná: estável (-4%)
- Rio Grande do Sul: estável (-7%)
- Santa Catarina: estável (8%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
Fonte: UOL